sexta-feira, 8 de abril de 2011

LUTO

Passei a semana pensando sobre o que escrever aqui, até surgiram algumas ideias interessantes, mas depois dos acontecimentos de ontem nem fazia sentido falar sobre tais coisas. Então usarei o espaço hoje para manifestar minha tristeza e indignação a respeito da chacina acontecida ontem na escola do Rio.

Tristeza pelas crianças que perderam suas vidas, tão precocemente. Por aquelas que estão feridas, que carregarão não só na mente, mas também no corpo as cicatrizes da terrível cena. Pelos pais que agora amargam a morte de um filho querido. E por todas as outras crianças que presenciaram a cena e que, certamente, terão as marcas desse acontecimento registradas em sua memória, assombrando seus sonhos e perturbando suas mentes.

Indignação pelo fato de já existirem pessoas defendendo o tal sujeito. Sei que houveram fatores que marcaram a vida dele, sofrimento na infância, bullying... Pode até ser, mas todos sofrem. Invariavelmente. Não é fator que justifique tal atitude. 

Participei de uma discussão no orkut sobre quem seria o "responsável" pelo acontecido, caiu em pauta que os professores eram os principais dentre alguns outros. Quase me atacaram quando disse que não considerava papel do professor evitar algo desta magnitude. Antes que vocês me julguem também... me explicarei: Ainda acredito que o papel do professor é dar aula. Ele também deve apresentar aos alunos a ética e a responsabilidade social, contudo, é complicado jogar nas costas do professor a responsabilidade de ter formado mal um aluno e que por isso este se tornou um psicopata. O professor tem que ensinar o conteúdo proposto, preparar os alunos para a vida fora da escola, para o vestibular, o mercado de trabalho. Formar e não informar? Sim, concordo, estimular os alunos a desenvolver o senso crítico. Mas quanto a evitar que seu aluno torne-se bandido ou assassino? Muitas vezes nem os pais conseguem. No caso citado, por exemplo, o que estaria na mãos do pofessor era, ao perceber o comportamento estranho do aluno, encaminhá-lo a um neurologista ou psicólogo.Mas e se eles não pecebram? Agora, depois do estrago feito, apontam o dedo pros professores, ou a escola era ruim, não adianta, né? Esse é aquele tipo de situação onde todos e, ao mesmo tempo, ninguém é responsável. Triste a nossa realidade.

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